As colunas de água e vapor que emanam do pólo sul da lua Enceladus, de Saturno, surgem de uma fonte calórica de material radioactivo no seu interior, indica um estudo apresentado na segunda-feira nos EUA.
Segundo os cientistas presentes na Conferência de Ciência Lunar e Planetária do Texas, naquela lua reúnem-se os ingredientes cruciais para a formação de vida tal como a conhecemos na Terra.
Os géiseres foram detectados em 2005 pela sonda Cassini e desde então os cientistas têm tentado determinar que força é essa que empurra para uma superfície em que a temperatura é de menos 200 graus centígrados.
Nessas colunas, o espectrómetro da Cassini detectou a presença de água no estado líquido e em gelo, assim como pequenas quantidades de azoto, metano, dióxido de carbono, propano e acetileno.
Segundo a teoria, a lua Enceladus formou-se há 4.500 milhões de anos, em resultado da mistura de gelo e rochas que continham isótopos radioactivos de alumínio e ferro.
Durante vários milhões de anos, a decadência desses isótopos produziu um aumento da temperatura e um núcleo rochoso coberto por uma capa de gelo.
Se se confirmar essa teoria, os cientistas indicam que a Enceladus tem consigo os elementos iniciais para a formação de vida: uma fonte de calor, materiais orgânicos e água na forma líquida.
A missão da sonda Cassini, iniciada em 1997, é um projecto conjunto da NASA, Agência Espacial Europeia e Agência Espacial de Itália.
Fonte: Diário Digital / Lusa
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