A Câmara Municipal de Oeiras vai construir em 2007 a primeira residência exclusiva para cientistas, num investimento de 2,5 milhões de euros, anunciou o presidente da autarquia, Isaltino Morais. O anúncio foi feito hoje na cerimónia de inauguração das novas instalações da UCB, uma companhia biofarmacêutica belga dedicada à investigação, que firmou um protocolo de investigação com o Centro de Patogénese Molecular, Unidade de Retrovírus e Infecções Associadas (CPM – URIA) da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.
Perante o embaixador da Bélgica, Paul Ponjaert, presidente ICEP, Marques da Cruz, presidente do Infarmed, Vasco Maria, directora-executiva da APIFARMA, Isabel Saraiva, e entidades como a ANF, Ordem dos Farmacêuticos e Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, Isaltino Morais referiu que a futura Residência para Cientistas – cujo projecto deverá ser aprovado hoje em reunião de câmara – terá uma capacidade para 12 investigadores e ficará no centro da Vila de Oeiras, na Quinta dos Sete Castelos.
“Este projecto visa melhorar as condições dos cientistas que nos visitam”, referiu o autarca recordando que Oeiras alberga 30% da capacidade tecnológica do país e clusters nas áreas das TI, Biotecnologia e Saúde, como a recém chegada UCB, além de deter Bolsas Científicas no valor global de 140 mil euros.
A aposta da UCB em Portugal consubstancia-se, não só na nova sede em Oeiras, como no apoio hoje estabelecido com o CPM – URIA, laboratório português que se dedica exclusivamente à investigação em biotecnologia, direccionado a sua actividade de pesquisa para o desenvolvimento de ferramentas e de opções terapêuticas como a artrite reumatóide, a doença de Crohn, o VIH, entre outras.
Esta parceria vai permitir aumentar os recursos disponíveis do CPM, num apoio de 15 mil euros da UCB. Para além disso, permitirá a partilha de conhecimentos com o Centro de Investigação da UCB em Slough, no Reino Unido, que tem em desenvolvimento o certolizumab pegol, uma nova opção terapêutica inovadora para a doença de Crohn e artrite reumatóide, precisamente a área de investigação do Centro de Patogenese Molecular. Está também prevista a inclusão de jovens investigadores portugueses na equipa da UCB.
“Para a UCB este tipo de parcerias são fundamentais. O Centro de Patógenese Molecular é um exemplo de mérito na investigação que se faz em Portugal. A Investigação deste laboratório está focada exclusivamente na área dos anticorpos, especificamente no que toca ao desenvolvimento de ferramentas e de opções terapêuticas para doenças como a artrite reumatóide e a doença de Crohn, que é também a área de investigação para a qual a UCB está a focalizar os seus recursos neste momento”, explica Jerôme Pradier, director-geral da UCB em Portugal.
Reconhecendo também a importância da internacionalização das empresas portuguesas e procurando dar um contributo importante para a formação de jovens quadros, a UCB irá também participar no programa de estágios internacionais, o InovContacto, coordenado pelo ICEP Portugal, integrando um jovem na sua equipa de recursos humanos.
Em Portugal, a UCB tem 68 colaboradores, reinvestindo em média 15 a 20% da sua receita em investigação e desenvolvimento de opções terapêuticas inovadoras, estabelecendo parcerias com a comunidade médica e científica local, identificando centros de investigação e procurando contribuir para que sejam dotados de condições e recursos para promover projectos de investigação na área biofarmacêutica.
Fonte: Diário Digital
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