Em declaraçõçes ao Financial Times, o presidente da McAfee, George Samenuk acusou ontem a Microsoft de estar a comprometer a protecção de milhões de utilizadores ao retirar a colaboração que tem vindo a desenvolver há alguns anos com fabricantes de software de segurança.
Entre as palavras do responsável podiam ler-se as acusações de "comportamento anti-concorrencial" praticado pela Microsoft, já que a empresa de Bill Gates "utiliza novas estratégias e não colabora" com os habituais parceiros de segurança, referiu durante a entrevista.
Além da McAfee, também a Symantec alega que o novo Vista tornará mais difícil proteger os utilizadores porque a Microsoft nega o acesso ao núcleo do sistema operativo.
Sem chegar ao núcleo do sistema "os utilizadores estarão mais expostos às ameaças que nunca", referiu George Samenuk, alegando que "desta forma os produtos de segurança não serão tão fiáveis como têm sido na última década, o que prejudicará não só os consumidores como a Microsoft".
Adrien Robinson, membro da unidade de segurança da Microsoft, refere que a empresa continua a colaborar com fabricantes de software de segurança embora seja necessário "elevar os padrões de segurança" pois é impossível alcançar resultados sem parceiros, cita a Cnet. De acordo com a responsável, a Microsoft utiliza uma tecnologia chamada PatchGuard por forma a aplicar controlos mais eficazes em torno do núcleo do sistema, protegendo-o de alterações ou ataques.
A Microsoft responde às acusações de práticas anti-concorrenciais referindo que são as duas empresas de segurança que "temem a competição" já que o novo Vista permite a integração de produtos de dez companhias de segurança diferentes para além da Symantec e da McAfee - "eles acreditam que uma vez que têm os produtos implementados nas máquinas isso faz com que o cliente também seja deles", disse a responsável à mesma fonte, afirmando que a opção da Microsoft apenas faz com que seja criado um canal para outros fabricantes.
Fonte: sapo.pt
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