Cientistas norte-americanos e russos anunciaram na segunda-feira a descoberta de um elemento químico superpesado, o de número 118 na tabela periódica. Na verdade, foram detectados apenas três átomos, com duração de frações de segundo, ao longo de meses de experiências.
A última descoberta de um elemento presente na natureza foi em 1925, mas desde então os cientistas tentam criar elementos ainda mais pesados em laboratório.
A última descoberta de um elemento presente na natureza foi em 1925, mas desde então os cientistas tentam criar elementos ainda mais pesados em laboratório.
Nesta experiência, os cientistas do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, da Califórnia (EUA), e do Instituto Conjunto de Pesquisa Nuclear, de Dubna (Rússia), bombardearam átomos de califórnio com íons de cálcio para criar o elemento 118, o mais pesado já surgido em experiências do género.
"Penso nisso como qualquer outra viagem a um novo lugar. Por que quer ir à Lua? Por que quer subir o monte Everest?", comparou Nancy Stoyer, membro da equipa do Livermore. "Descobrir algo novo é interessante. Descobrir experimentalmente ajuda os teóricos a entenderem o que realmente funciona na sua teoria e lhes dá mais coisas para procurar."
O primeiro átomo do elemento 118, segundo os cientistas, foi obtido em 2002. Outros dois surgiram em 2005, numa segunda ronda de experiências, quando foram lançados 10 elevado a 19 (o número 1 seguido por 19 zeros) íons de cálcio sobre o califórnio.
Esses átomos do elemento 118 -- baptizado de ununócio -- duraram 0,9 milisegundos.
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